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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Acidentes com moto somam 75% das indenizações do seguro obrigatório Pagamentos subiram 14% no primeiro semestre de 2014. Brasileiro está mais ciente dos direitos, diz seguradora.

O número de indenizações do seguro obrigatório de carros (DPVAT) subiu para 340.539 no primeiro semestre de 2014, o que representa uma alta de 14% ante o mesmo período do ano anterior, segundo informou nesta segunda-feira (25) a Líder, administradora do seguro no Brasil.
Deste total, acidentes com motocicletas significaram 75% dos pagamentos (256.387) e os com automóveis, 23% (67.906).
De acordo com a empresa, o número de mortes caiu 13%, mas o volume de indenizações por invalidez subiu 21% no mesmo período. O percentual de pagamentos por afastamento definitivo do trabalho é 76% do total (259.845).
Para o diretor-presidente da Líder-DPVAT, Ricardo Xavier, o aumento dos pagamentos é impulsionado por maior conhecimento dos brasileiros sobre seus direitos, e também pelo aumento no número de acidentes no país, principalmente de motos, que são 27% dos veículos da frota nacional.
Regiões e idade
Terceiro colocado no número de veículos, com apenas 16% do total, o Nordeste segue líder nos registros de acidentes indenizados pelo DPVAT no primeiro semestre, com 34%. O Sudeste, que tem quase metade da frota nacional, ficou em segundo lugar (26%), seguido por Sul (19%), Norte (11%) e Centro-Oeste (10%).
Se analisadas apenas as indenizações por morte, o Sudeste lidera com 37%, enquanto o Nordeste aparece com 29%. Conforme a seguradora Líder, “a tendência é de maior letalidade em acidentes envolvendo automóveis”.
A maioria dos indenizados são homens (75%). Entre os que morreram ou ficaram inválidos por causa de acidentes de trânsito no primeiro semestre, 52% são jovens entre 18 e 34 anos, informou a empresa.
O que é DPVAT
O seguro DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) cobre casos de morte, invalidez permanente ou despesas com assistências médica e suplementares (DAMS) por lesões de menor gravidade causadas por acidentes de trânsito em todo o país.
O recolhimento do seguro é anual e obrigatório para todos os proprietários de veículos. A data de vencimento é junto com a do IPVA, e o pagamento é requisito para o motorista obter o licenciamento anual do veículo.
O pagamento para beneficiários de vítimas fatais é de R$ 13.500. Nos casos de invalidez permanente, o pagamento pode chegar a R$ 13.500, de acordo com a gravidade das lesões. Já o reembolso hospitalar e médico pode chegar a R$ 2.700.
Vítimas e seus herdeiros (no caso de morte) têm um prazo de três anos após o acidente para dar entrada no seguro. Informações de como receber o DPVAT podem ser obtidas pelo telefone 0800-022-1204.
No ano passado, a rede de atendimento do DPVAT chegou a 7.757 pontos, com abrangência de 100% do território nacional. Em 2012, eram 4.783 postos.
fonte:http://g1.globo.com

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Moto Usada, como checar?

A alegria de comprar uma moto zero km é inigualável, mas quem precisa economizar pode encontrar boas opções no mercado de usadas. Com o mesmo valor de uma nova dá até para levar um modelo maior, mais equipado ou sofisticado.
Dizem que, assim que sai da revenda, qualquer motocicleta zero km perde cerca de 20% de seu valor. O percentual é um exagero, mas bastam poucas centenas de quilômetros marcados no hodômetro para provocar depreciação. Motos seminovas, chamadas de “filés” no mercado, são raras, difíceis de encontrar. O mais comum é ter de optar por uma moto com um ou mais anos de uso. Seja qual for a alternativa, a moto usada sempre traz certo risco, se a compra não for feita de uma pessoa conhecida, como parente ou amigo.

Realizar a compra em concessionárias autorizadas e lojas especializadas de renome ajuda a evitar dores de cabeça, até porque elas costumam oferecer garantia. Caçar a sua futura moto em anúncios dos particulares pode ser ainda mais vantajoso em termos de preço, mas requer cuidado e atenção redobrada. Um olhar atento antes da conclusão do negócio evita muitos problemas.
Veja abaixo dez itens importantes para checar antes de fechar negócio:
                  
1) Documentação
Por meio do número do Renavam, que está em todo documento de veículos no Brasil, é possível verificar dados sobre o proprietário e endereço, além de saber se há alienação (se o veículo está financiado), se tem multas etc. Despachantes cobram por este tipo de pesquisa, mas ela pode ser feita sem custo pela internet nos sites do departamento de trânsito (Detran) do estado em que a moto está licenciada. Importante também, estando cara a cara com a moto, é verificar a aparência da marcação do chassi na coluna da direção
(foto acima)e o lacre da placa. Não deve haver nenhum tipo de adulteração.

2) Mecânica
Mesmo sem grande conhecimento de mecânica, é possível saber se um motor está saudável ou não dando a partida com ele 100% frio (verifique a temperatura colocando a mão no motor ou no escape). Nesta condição, ele deve pegar facilmente e não apresentar ruídos metálicos que sumam depois de alguns segundos, o que indica folga excessiva em componentes fundamentais como virabrequim/bielas, pistões e sistema de válvulas e seu acionamento. Fumaça saindo do escapamento pode até ser considerada normal, especialmente em dias frios, pois ela não será fruto da tão temida queima de óleo, mas sim da simples condensação. Se, após alguns minutos de aquecimento, o escape continuar fumando e se a fumaça for azulada e aumentar com a aceleração, corra: é óleo queimado, sinônimo de motor cansado no fim de vida.

3) Óleo
Na maioria dos modelos, a vareta (ou visor) do nível de óleo é de fácil acesso. Ele deve estar no nível certo, mas é a tonalidade do óleo e, principalmente, a sua consistência que revelam o estado do motor.
Óleo claro demais significa novo, recém trocado (foto abaixo). Em geral, óleo escuro é óleo usado, mas atualmente os lubrificantes têm aditivos detergentes que agem de modo rápido e, em motores mais rodados, o óleo escurecer rapidamente pode ser considerado algo normal.
Então, como checar a qualidade? Donos relaxados por vezes optam pela economia de, em vez de trocar o óleo, completar o nível. Com isso, o óleo vai engrossando e perdendo suas características lubrificantes. Pingue uma gota de óleo na ponta do indicador e com o polegar analise a consistência: se parecer graxa e sujar demasiadamente seus dedos (e cheirar a gasolina), é óleo velho ou óleo com especificação errada, mais grosso, colocado justamente para disfarçar os barulhos metálicos “do mal” citados no item anterior.

4) Sinais de desmontagem
Motores de motocicletas são expostos e, por isso, facilitam uma análise importante, relacionada a marcas de desmontagem. Parafusos e porcas estão ali bem na sua cara, e considerando que é praticamente impossível desmontar um motor sem deixar marcas nesses componentes, ver sinais ou, o oposto, ver parafusos e porcas cujo metal pareça ser bem mais novo do que as partes metálicas ao redor é algo para se desconfiar. Outra verificação recomendada é no cárter, a parte de baixo do motor, a mais próxima do solo. Marcas de raspadas são aceitáveis; os amassados, não, e muito menos “cicatrizes” deixadas por soldagem.
5) Tinta
Brilho na pintura pode indicar um dono cuidadoso ou uma moto recém-pintada. Nesse caso, é necessário saber por qual razão ocorreu a repintura. Bom senso também ajuda para lembrar que, se a moto tem um ou dois anos de uso, e quilometragem relativamente baixa, faz sentido a pintura parecer quase nova. Porém, se a moto tiver quilometragem abundante e bons anos no lombo, milagre não existe. Assim, marcas de desgaste, riscos e até pequenos amassadinhos devem fazer parte do conjunto.
6) Pedaleiras, manoplas e manetes
Esses são os componentes onde tocam as mãos e pés do motociclista. Eles devem mostrar marcas de uso coerentes com a quilometragem e a idade da motocicleta. Uma manopla com pequenos ralados nas extremidades é algo natural, assim como a ponta dos manetes de embreagem e freio dianteiro terem leves arranhões. Já uma manopla muito ralada e um manete com a ponta torta, ou limada, indica tombo. Pedaleiras tortas ou com borracha raspada também denunciam facilmente se houve contato imediato do 1º grau com o chão. De novo, é preciso ter coerência: moto gasta com tais componentes muito novos é algo suspeito.
7) Comandos
Mesmo que você não conheça o modelo da moto pelo qual está interessado, lembre-se que nenhum fabricante é sádico e que, portanto, acelerador e embreagem não podem ser duros demais para serem acionados. Embreagem dura é sinal claro de fim de vida útil. Acelerador duro pode indicar problemas no cabo ou algo ainda pior, resultante de montagens e desmontagens desatentas. Quanto ao câmbio, os engates devem ser fáceis e “secos”, e as marchas não podem escapar, o que pode apontar para um câmbio maltratado.
8) Banco
Moto usada deve ter um banco com cara de usado, assim como o contrário. É preferível uma capa de banco original desgastada a uma novinha, seja original, seja do mercado paralelo. A troca deste componente pode ser indício de um acidente considerável, pois o que normalmente é afetado em tombinhos menores são outras partes, nunca o banco.
9) Painel e sistema elétrico
Tudo deve funcionar, certo? Certo! Especialmente as chamadas “luzes-alerta”. Modelos de motos mais básicas têm um conjunto de luzes essencial e que indicam coisas simples, como farol alto e pisca-pisca ligado. Já motos mais modernas ou maiores têm luzes para alertar sobre coisas importantes, como pressão do óleo ou problemas no sistema de injeção. Ao girar a chave, é usual que todas as “luzes-alerta” acendam para mostrar que suas lâmpadas funcionam, para depois se apagarem. Caso uma luz importante não acenda – ou pior, fique acesa direto –, problema sério à vista.

10) Acessórios
Baús, bauletos, bolsas laterais, faróis auxiliares, guidões, espelhos e manetes especiais são alguns dos possíveis acessórios e componentes instalados para tornar a moto mais prática ou personalizada. Para que nada disso seja fonte de problemas, observe bem a qualidade da instalação e dos componentes. Em primeiro lugar, nenhuma instalação ou adaptação deve modificar partes estruturais da moto, com o chassi ou o suporte do assento. Lembre-se que, em primeiro lugar, deve vir a funcionalidade. Por exemplo, os espelhos retrovisores devem servir para ver o que se passa atrás de você e não apenas serem bonitinhos. A regra também vale para comandos imprescindíveis como os manetes e o guidão.